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Instituto Pacs participa de formações sobre gênero e feminismo no Peru

O Instituto Pacs e a agência de cooperação internacional alemã Pão para o Mundo (Brot für die Wet) estiveram presentes em formações e encontros sobre justiça de gênero e feminismos, entre os dias 6 e 13 de novembro, no Peru. As atividades contaram com a presença de Aline Lima, educadora popular e coordenadora do Pacs, e Tina Kleiber, assessora de assuntos de gênero de PPM e parceira do instituto.

O primeiro momento foi o “Encontro de consultas sobre estratégias para a igualdade de gênero na América do Sul e no México”, que ocorreu em Lima, do dia 6 a 8 deste mês, promovidos pela Pão Pelo Mundo em parceria com o Centro da Mulher Peruana Flora Tristán, organização pioneira no trabalho com mulheres, economia feminista, agroecologia, luta por direitos, direitos humanos e feminismos plurais. A atividade contou com a participação de mais de 35 mulheres de 9 países: Chile, Peru, Brasil, Argentina, Colombia, Venezuela, Uruguai, Alemanha e México.

Segundo Aline, o intuito era promover um intercâmbio de experiências territoriais, já que a conjuntura atual dos países da América Latina é muito semelhante. “Nós queríamos entender o que tinha em comum em termos de retrocessos e desafios, mas também de potencialidades, e de que maneira podemos enfrentar esse avanço ultra conservador da extrema direita, que vem como avalanche em todos esses locais”, afirma ela, que aponta a militarização, o avanço neoliberal e a violência sobre os corpos femininos como as principais opressões sofridas por mulheres latino-americanas.

 

Além disso, a educadora popular foi convidada para dar uma formação nos dias 11 e 12 para o escritório de PPM, localizado em Lima, a partir da temática da justiça de gênero no apoio a organizações feministas e como tema transversal dos projetos. De acordo com ela, a agência possui um documento diretriz sobre aplicabilidade desta questão nas práticas cotidianas, mas ainda encontra uma demanda de como cobrar eficácia nessas políticas na vida das mulheres.

Já nos último dias, aconteceu uma visita à Escola Agroecológica da Flora Tristán, em Cusco, para uma experiência com mais de 80 mulheres de distritos da região, que buscam a geração de renda, a erradicação da pobreza, o trabalho sustentável e o protagonismo das mulheres. ” O nosso objetivo era pensar de que maneira intercambiar e trocar saberes sobre produção de alimentos sem veneno na cidade, além da conquista e garantia de permanência nos territórios por essas mulheres a partir da agroecologia e da produção de alimentos saudáveis”, explica Aline.