Colaboramos no fortalecimento dos sujeitos sociais nas dimensões local, nacional e internacional, por meio da educação e organização popular, da pesquisa, da assessoria à coletivos, movimentos e organizações, da crítica e da incidência, e buscamos a construção cotidiana de práticas e políticas alternativas que viabilizem relações emancipadoras. A ação do Instituto PACS consiste em oferecer o máximo de apoio no processo de organização autônoma dos atores sociais para que estes se tornem sujeitos plenos, emancipados, conscientes e soberanos frente ao desenvolvimento de si mesmos e de seus territórios.
Nossa prática pedagógica se constrói a partir dos princípios da Educação Popular e da Economia do Amor, dialogados e reinventados ao longo dos anos de lutas políticas e metodológicas protagonizadas por mulheres, negras e negros, comunidades tradicionais, militantes populares, movimentos sociais, sindicatos, redes e organizações parceiras. Assim, ela é fruto de processos que incorporam diversas práticas cotidianas de resistência, reflexões políticas insurgentes, espiritualidades, artes e o que mais emerge dos territórios de resistência e vida do Brasil, América Latina e do Sul Global.
Este acúmulo vem da práxis das educadoras populares a partir da Economia Feminista, de pesquisadores(as) e educadores(as) críticos ao modelo hegemônico, dos pés na terra dos territórios de agroecologia, dos chãos dos pré-vestibulares populares, dos quintais cultivados e das associações de moradores, das fábricas e sindicatos, dentre outros espaços. Construímos, assim, uma educação popular que é potente à medida que se nutre da diversidade de vozes, corpos e práticas políticas.
Dessa forma, o PACS caminha firme para não distanciar reflexões e práticas políticas, a fim de trazer organicamente a coletividade, a coerência, a crítica, o trabalho como princípios formativos, a escuta, o (auto) cuidado, a participação popular, a construção coletiva de conhecimento, as histórias de vida e memórias, os diálogos de saberes, a autogestão, os feminismos enquanto métodos de luta, e tantos outros caminhos que buscam a justiça, a igualdade, o bem viver e a luta pelo que é comum, de todos, em uma relação indissociável entre os direitos dos povos e os direitos da natureza. Tudo isso amparada em relações baseadas no afeto, na construção de confiança por meio de laços de companheirismo, parceria e amizade.
Para entender melhor sobre nossas práticas, acesse: as publicações sobre o Curso “Mulheres e Economia” na Biblioteca “Berta Cáceres”, com destaque para o vídeo “Mulheres e o Mundo do Trabalho”, a série “Semeando Socioeconomia” – com destaque para o número 12: “Economia política nas mãos das mulheres: uma experiência de educação popular”, o livro “Educação para uma Economia do Amor”, a Cartografia Feminista “Enfrentamento aos Racismos pelos Olhares das Mulheres”, e o artigo “A terra ensina a gente a se defender e a vida insiste em viver”.