Mulheres que resistem à militarização na América Latina: Onésima Lienqueo e a luta histórica do povo Mapuche
“Sou uma mulher terra. Atuo na defesa dos direitos humanos das crianças indígenas da região, principalmente, neste território que é vítima da violência estadual e policial, afetados pela militarização. O meu trabalho é e sempre foi dedicado a estes territórios onde vivenciam a violência de Estado. Este é o meu cenário de trabalho”. É assim que Onésima Lienqueo, mulher Mapuche, defensora da infância e educadora intercultural na área de Psicoeducação, descreve o importante trabalho que faz no território Wallmapu em que mora. Ela é a segunda entrevistada da série “Mulheres que resistem à militarização na América Latina”, uma iniciativa do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS) e da comunicadora comunitária mareense Gizele Martins, onde o objetivo é colocar em foco a vida de mulheres que enfrentam a militarização da vida e de seus territórios.